41 - O Velho e o Mar


Autor: Ernest Hemingway (1899-1961)
Título original: The Old Man and the Sea
Data de publicação original: 1952
Tradução: Fernando de Castro Ferro
Capa: Bernardo Marques

Ernest Hemingway ganhou um Pulitzer com esta obra (que talvez seja o seu livro mais conhecido) em 1953, um ano antes de ter ganho o Prémio Nobel da Literatura, em 1954. Achei esta obra um drama tocante, embora à primeira vista pareça algo simples no discurso e no tom. Resumidamente, acompanhamos Santiago, um pescador cubano idoso, numa saída para o mar alto com o objectivo de concretizar uma pesca importante, algo que não conseguia há meses. Em fundo todavia, está sempre uma relação de amizade com características "avô-neto" com um rapaz chamado Manolin, que todavia também desempenha um papel protector relativamente a Santiago . A quase totalidade da obra é passada "no mar", com o velho pescador e a sua luta na tentativa de pescar um enorme peixe, e a seguir no combate a tubarões que aparecem quando tenta regressar. A única companhia que tem além do mar, das estrelas e dos peixes, são os pensamentos que vai tendo sobre diversos aspectos da vida e as saudades de Manolin, além da sua vontade férrea em preservar tanto o pescado como a vida. O livro não tem capítulos e tem cento e poucas páginas apenas. Apesar de à primeira vista parecer muito simples, é uma obra que permite tirar várias ilações, possuindo diversos níveis de interpretação. E sobretudo, é uma obra que permanece connosco depois de a termos lido.

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